Thursday, 9 December 2010

música e moda negra

Música é uma das minhas grandes paixões. Talvez por influência da minha avó paterna, meu pai e meu tio - que também nutrem a mesma paixão - eu sempre fui mais que uma mera "ouvinte". Adoro conhecer bandas novas, saber sobre história da música (na verdade, história em geral é minha 4a paixão...), descobrir novas versões de músicas antigas... Infelizmente não toco nada pois meus dedos são curtos demais pra qualquer coisa que preste, mas acho que se tivesse tido a paciência e dedicação de aprender direito, teria pelo menos sido uma boa *intérprete de final de semana*. Mas... águas passadas e só me dedico mesmo a apreciar (mais do que o normal) boa música.

E recentemente fiquei muito feliz em ver/ouvir dois clipes/músicas que estão tocando sem parar por aqui (vídeos abaixo). Cee Lo Green, pra quem não reconhece, é o cantor do grupo Gnarls Barkley (aquele que fez um mega-sucesso com a música "Crazy"), e Janelle Monáe é a nova sensação norte-americana (com todo motivo pra isso!). Não tenho nada contra hip-hop ou vertentes atuais da música negra - muito pelo contrário - mas eu gosto muuuuuito de músicas que conseguem captar a essência da música negra norte-americana e, ao mesmo tempo, ser extremamente atuais. Acho que "Hey Ya!" do Outkast fez um sucesso tremendo por causa disso... assim como a "Crazy" mencionada acima.

À exceção de "Crazy", os clipes não somente evocam musicalmente o "rhythm and blues" - o figurino e as danças também são um deleite especial, homenagem pura às décadas de 50, 60 e 70 (o clipe de Monáe tem nítida inspiração no "Soul Train", que eu amoooo de paixão - sonho poder dançar assim um dia!). O estilo de "Tightrope" me lembra muito as roupas que o The Platters usava para se apresentar; já "Forget You" me leva a uma mistura Ray Charles/Grease/Shirelles que também aparece em "Hey Ya!"; só que esse já mais voltado para um clima Ed Sullivan Show/Beatles. O engraçado é pensar que essas músicas foram lançadas pouco tempo depois que os desfiles das coleções de inverno aconteceram - e as influências dos anos 50/60 foram gritantes nas passarelas. Tem gente que me acha maluca, mas eu creio no inconsciente coletivo tanto quanto na lei da gravidade. E as provas estão por aí pra quem quiser ver.

Claro, tem toda uma assessoria ENOOORME por detrás desses cantores, centenas de pessoas empregadas em gravadoras especializadas em vender um "produto". Mas isso não tira o mérito do artista - que muitas vezes foi quem idealizou o conceito - e tampouco das pessoas que trabalham nas gravadoras, assessorando os cantores e vendo como o "pacote" pode ser formatado de acordo com o som/estilo. E, mais importante: não tira messmo o mérito do zeitgeist - muito pelo contrário, diria eu...

Fica aqui para o deleite de todos as músicas "Forget You", de Cee Lo Green, e "Tightrope", de Janelle Monáe. E pra quem quiser relembrar "Crazy" e "Hey Ya!", é só clicar nos nomes.






P.S.: Minhas paixões - pra quem ficou querendo saber! - numa ordem mais ou menos correta de grandeza:

  1. Política;
  2. Moda;
  3. Música;
  4. História.
Pais, avós, amigos e marido não entram nessa lista, ok? Antes que me chamem de sem coração!

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